Tributação para médicos: como pagar menos impostos?

Richard Riviere
1 de janeiro de 2024
Seta apontando para baixo.
médico segurando cofrinho de porquinho

Lidar com a tributação para médicos pode ser uma tarefa complexa e desafiadora, mas é fundamental para manter sua prática saudável e sustentável.

Como médico ou profissional de saúde, você está constantemente focado em prestar cuidados de qualidade aos seus pacientes. 

No entanto, há um aspecto crucial da sua prática profissional que merece igual atenção: a gestão financeira e, em particular, a tributação. 

No mundo de hoje, onde a eficiência fiscal não é apenas desejável, mas essencial, entender a tributação aplicável ao seu campo tornou-se mais importante do que nunca. 

Para médicos e profissionais da saúde, há maneiras específicas e estratégias inteligentes que você pode adotadar para otimizar a carga tributária e garantir a conformidade com as leis fiscais.

Neste artigo, vamos mergulhar no universo da tributação para médicos. Exploraremos as estruturas tributárias disponíveis, discutiremos estratégias legítimas para minimizar a carga tributária e destacaremos a importância do planejamento fiscal. 

Por isso, se você está buscando maneiras de reduzir seus impostos sem comprometer a legalidade, este é o guia perfeito para você.

Vamos lá?

Qual a melhor forma de tributação para médicos?

A tributação para médicos pode ser conduzida sob duas formas principais: como Pessoa Física ou como Pessoa Jurídica

Embora ambas as opções tenham suas particularidades, a tributação na modalidade de Pessoa Jurídica, especialmente sob o regime do Lucro Presumido, é frequentemente mais benéfica. 

Neste regime, a carga tributária geralmente oscila entre 13,33% e 16,33%, abrangendo impostos como PIS, COFINS, CSLL e IRPJ. 

Muitos profissionais optam por esse regime devido à sua menor complexidade e alíquotas mais favoráveis em comparação com outras opções de tributação.

Contudo, é crucial salientar que você deve realizar a seleção do regime tributário mais adequado com o auxílio de um contador especializado

Assim, este profissional pode oferecer orientações precisas, considerando as especificidades da área médica e as nuances da contabilidade relacionada. 

Além disso, um bom planejamento tributário pode identificar oportunidades de economia fiscal, respeitando integralmente a legislação vigente.

Ademais, é importante lembrar que a escolha entre Pessoa Física e Jurídica e o regime tributário adequado pode variar conforme a estrutura de receitas, despesas e as metas de longo prazo do profissional ou da clínica médica. 

Portanto, uma análise detalhada e personalizada é essencial para garantir a eficiência fiscal e a sustentabilidade financeira da prática médica.

Dessa forma, considere a decisão sobre a tributação para médicos cuidadosamente, com a devida ponderação de todos os fatores envolvidos e o apoio de profissionais qualificados.

O que muda para os médicos na reforma tributária?

A reforma tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, representa uma mudança significativa para médicos e outros profissionais de saúde que operam como Pessoa Jurídica. 

Essa reforma traz um cenário de adaptação e desafios, principalmente durante o período de transição, que se estende até 2033

Neste período, médicos e profissionais da saúde enfrentarão o acréscimo de dois novos tributos, além dos cinco já existentes, o que pode complicar a gestão fiscal e financeira de suas entidades jurídicas.

Isso porque, durante a transição, médicos e outros profissionais da saúde terão a incidência dos tributos atuais PIS, Cofins e ISS, que serão extintos, dos IRPJ e CSLL, que permanecem inalterados, e também dos dois novos componentes do IVA Dual

Durante a transição, as clínicas médicas e sociedades de profissionais de saúde, mesmo aquelas enquadradas em regimes tributários diferenciados, poderão observar um aumento na carga tributária. 

No entanto, graças à intervenção do Conselho Federal de Medicina (CFM), a reforma prevê um abatimento significativo para os prestadores de serviços de saúde. 

Esse abatimento, de 60% sobre a alíquota padrão, que se espera fique entre 25% e 30%, é uma medida para atenuar o impacto da reforma sobre este setor.

É crucial ressaltar, contudo, que a reforma continua em processo de avaliação e aprovação pelo Senado, e, portanto, está sujeita a alterações. 

Este cenário incerto exige dos profissionais da saúde uma atenção constante às atualizações legislativas e um planejamento financeiro e tributário adaptável.

Os médicos e outros profissionais da saúde devem estar preparados para navegar neste ambiente de mudanças, buscando aconselhamento profissional para entender completamente as implicações da reforma tributária em suas práticas. 

A atualização constante e a adaptação estratégica serão essenciais para garantir a conformidade legal e a sustentabilidade financeira de suas atividades profissionais no contexto da nova legislação tributária.

Qual a alíquota do Simples Nacional para os médicos?

As alíquotas do Simples Nacional para profissionais médicos variam conforme o faturamento anual e a contratação de funcionários. 

Para aqueles enquadrados no Anexo III do Simples Nacional, a alíquota inicia em 6% para médicos com faturamento anual de até R$ 180.000,00, desde que possuam empregados. 

Por outro lado, médicos sem empregados, enquadrados no Anexo V, enfrentam uma alíquota inicial de 15,5% para o mesmo patamar de faturamento. Além disso, a alíquota no Anexo V pode escalar até 30,5%, dependendo do aumento do faturamento.

Em comparação, no regime do Lucro Presumido, a alíquota para médicos varia de 13,33% a 16,33% sobre o faturamento bruto, referente a tributos federais, adicionando-se a isso o ISS cobrado pelo município. 

Vale ressaltar que, no Lucro Presumido, não são considerados os custos relacionados às atividades médicas. 

Essa diferença de alíquotas e a consideração de fatores como a presença de empregados e o volume de faturamento são aspectos importantes na escolha do regime tributário mais adequado para cada profissional médico.

Quanto paga de imposto um médico PJ?

A escolha do regime tributário é que irá determinar o valor do imposto que um médico que atua como Pessoa Jurídica (PJ) paga. 

No Simples Nacional, as alíquotas são variáveis, oscilando entre 6% e 30,5%, com essa variação dependendo do volume de faturamento anual e da contratação ou não de empregados. 

Por outro lado, no regime do Lucro Presumido, a carga tributária geralmente se fixa de 13,33% a 16,33% para tributos federais. Adicionando-se a isso o ISS cobrado pelo respectivo município. 

Neste regime, é importante notar que os custos operacionais da atividade médica não são deduzidos.

A escolha entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido deve ser feita considerando-se as particularidades financeiras e operacionais da prática médica. 

Porém, é necessário conduzir esse processo com o auxílio de um contador experiente, que compreenda profundamente as nuances da contabilidade no setor médico. 

O contador pode fornecer orientações valiosas sobre a estrutura tributária mais vantajosa. Para isso, ele deve levar em consideração fatores como o volume de receitas, despesas, planejamento fiscal e a estrutura operacional da prática médica.

Além disso, é essencial para os médicos PJ manterem-se atualizados sobre as mudanças na legislação tributária, que podem impactar diretamente suas obrigações fiscais. 

Um bom planejamento tributário pode identificar oportunidades para otimização fiscal e garantir a conformidade legal. Tudo isso ao mesmo tempo em que se busca a máxima eficiência tributária para a prática médica.

Como um médico pode pagar menos impostos?

Para minimizar a carga tributária, um médico pode adotar várias estratégias eficazes. 

A primeira e mais significativa é a escolha do regime tributário mais adequado à sua situação, considerando as opções do Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Afinal, cada regime tem suas particularidades e impacta de forma diferente a tributação.

Outra estratégia importante é aproveitar ao máximo as deduções fiscais permitidas pela legislação. 

Isso inclui despesas operacionais, investimentos em equipamentos e gastos com educação continuada, que podem ser abatidos de acordo com as regras de cada regime tributário.

Além disso, a correta escrituração fiscal e o cumprimento das obrigações fiscais são fundamentais. Isso envolve manter registros precisos de todas as transações e cumprir prazos para a apresentação de declarações e pagamentos de impostos.

Para isso, um bom sistema médico com gestão financeira é um excelente aliado. Com ele, você centraliza seus custos, faz repasses, conciliação bancária e gerencia contas a pagar e a receber de forma simples. 

Adicionalmente, um planejamento tributário bem elaborado, que considere as particularidades da prática médica, também é crucial. 

Esse planejamento pode identificar estratégias legais para reduzir a carga tributária. Por exemplo, como a formação de uma sociedade para dividir rendimentos ou a escolha de uma localização com alíquotas de ISS mais favoráveis.

Por fim, contar com o suporte de um contador especializado na área médica é essencial. 

Esse profissional pode oferecer orientações específicas para a situação do médico, garantindo a aplicação correta das normas fiscais e a adoção das melhores práticas para otimizar a carga tributária. 

O contador pode, ainda, auxiliar na interpretação de mudanças na legislação tributária, assegurando que o médico se mantenha em conformidade com as leis vigentes e evite penalidades.

A importância de contar com a tecnologia 

A adoção de um sistema médico tecnológico para centralizar todos os dados financeiros de uma clínica é fundamental para a eficiência administrativa. Esta ferramenta tecnológica é crucial por diversas razões:

  1. Centralização e Acesso a Dados: um sistema médico unificado proporciona organização e acesso fácil a informações financeiras essenciais, melhorando a gestão e eficiência operacional.
  1. Tomada de Decisão Informada: com dados financeiros precisos e atualizados, o sistema permite uma tomada de decisão mais assertiva, fundamentada em informações confiáveis, o que é crucial para o planejamento estratégico e financeiro.
  1. Conformidade Tributária e Precisão: A automatização e precisão nos registros financeiros asseguram a conformidade com as normas fiscais, minimizando erros e otimizando o processo de declaração de impostos.
  1. Análise Financeira e Relatórios: ferramentas de análise e relatórios integrados oferecem insights detalhados sobre o desempenho financeiro, auxiliando na identificação de tendências e oportunidades de melhoria e crescimento.
  1. Segurança de Dados: sistemas especializados garantem a segurança dos dados financeiros, protegendo informações sensíveis com protocolos avançados de segurança contra ameaças digitais.

Em resumo, contar com um sistema médico integrado para gerenciar os dados financeiros de uma clínica é um investimento essencial. 

Ele aumenta a eficiência e precisão nas operações do dia a dia, e capacita os gestores a tomar decisões estratégicas mais informadas. Tudo isso contribui significativamente para o sucesso e a sustentabilidade da prática médica.

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Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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