Relação médico-paciente: sua importância e como melhorá-la

Richard Riviere
1 de fevereiro de 2023
Seta apontando para baixo.

A relação médico-paciente refere-se ao relacionamento necessário entre o profissional, aquele que presta o serviço de cuidado com a saúde, e o paciente, aquele que necessita do serviço para atuar na prevenção ou cura.

Essa relação, diferente do que muitos imaginam, vai muito além do momento da consulta. Ela precisa ser construída de forma a ser duradoura, de modo que o paciente se sinta à vontade com o médico e marque todos os retornos necessários.

Um estudo sobre Empatia, Relação Médico-paciente e Formação em Medicina afirma que:

“Para Halpern, a empatia entre médico e paciente é importante porque deixa o último mais seguro e disposto a informar com mais desenvoltura seus problemas, sintomas e dúvidas. Gadamer complementa ao dizer que a familiaridade, a confiança e a colaboração do paciente têm importância fundamental para a efetividade dos processos diagnósticos e terapêuticos, indispensáveis ao resultado da arte médica.”

Veja neste artigo qual é a importância da relação médico-paciente, seus principais tipos e como melhorá-la. Continue a leitura!

O que é a relação médico-paciente?

A relação médico-paciente passou por diversas transformações ao longo do tempo e, para conhecer a atual, é necessário olhar para o passado.

Nos primeiros anos da medicina, a figura do médico estava conectada com o aspecto religioso, pois as doenças eram vistas como punições divinas ou maldições. Portanto, o médico era visto como um ser superior, com capacidade de cura e milagres.

Com a evolução da ciência e o passar dos anos, essa perspectiva se tornou desatualizada, pois o médico já não é visto como um ser superior, apenas um profissional com o conhecimento técnico necessário para atender o paciente.

Inclusive, o paciente que antes era visto apenas como aquele que aguardava e seguia as orientações do médico sem questionar, hoje, é uma pessoa exigente e empoderada em relação à saúde. 

Geralmente, o paciente tem sua própria opinião sobre o que está acontecendo, possui altas expectativas sobre o serviço médico, quer ser bem atendido e atendido rápido, além de esperar tecnologias como agendamento online e prontuário eletrônico na clínica.

Ou seja, a relação médico-paciente se tornou mais próxima, de “igual para igual”. Hoje, a figura do médico é próxima a de um amigo e especialista, que se preocupa com o paciente, tem sua confiança e toma decisões pensando em seu melhor. 

É claro que essa relação varia de acordo com o paciente e o próprio médico, mas em qualquer caso, é essencial que ambas as partes tenham empatia, como o estudo mencionado no início do artigo aponta:

“Empatia na consulta médica é a capacidade que nós temos de poder ver no paciente e o paciente ver em nós, um momento de quebrar alguns paradigmas; se nós podemos, com um olhar, ao cumprimentar o paciente, com um sorriso, quebrar um pouco do medo, da angústia, da ansiedade, nós estamos fazendo empatia na consulta.”

Aprenda mais sobre como essa relação pode variar no tópico a seguir. 

4 tipos de relação médico-paciente

O professor Robert Veatch, do Instituto Kennedy de Ética da Universidade de Georgetown, estabeleceu os 4 principais tipos de relação médico-paciente em 1972. Veja quais são elas!

  • Modelo sacerdotal: conhecido por ser o modelo mais antigo, pois o paciente é completamente submisso ao médico, ou seja, o profissional não valoriza a opinião do paciente ou busca personalizar sua consulta, há pouco ou nenhuma relação, e o médico toma as decisões completamente sozinho;
  • Modelo engenheiro: é o completo oposto do sacerdotal. Nele, o médico tem a função exclusiva de informar e executar procedimentos, logo, a decisão é tomada apenas pelo paciente. Esse modelo também é criticado pelo pouco envolvimento do médico na tomada de decisão;
  • Modelo colegial: o poder de decisão é compartilhado de forma igual entre médico e paciente, por meio de uma “negociação” entre a consulta e não há relação de superioridade ou inferioridade; 
  • Modelo contratualista: segundo um artigo do CFM, esse seria o modelo mais recomendado, pois o conhecimento e habilidades do médico são valorizados, portanto, ele ainda é uma figura de autoridade, ao mesmo tempo que o paciente tem uma participação ativa na tomada de decisão, o que assegura o comprometimento de ambos no tratamento.

Pensando no objetivo de construir uma relação duradoura com seus pacientes, na qual você consegue coletar informações sobre a saúde por muito tempo e com qualidade, por meio dos retornos necessários, o ideal é você adotar o tipo de modelo que permite essa conexão e proximidade. 

Como melhorar a relação médico-paciente?

A relação médico-paciente inicia desde o momento em que o paciente entra em contato com o médico, até o pós-consulta, na qual o profissional pode ou não continuar o contato, seja por meio de mensagens, acompanhamentos, retornos ou redes sociais. 

Isso significa que essa relação não precisa – e não deve – ser limitada a paredes de ambientes médicos ou teleconsultas (consultas a distância). Para melhorar a relação com seus pacientes, siga estas dicas práticas:

  • Preste um atendimento humanizado, levando em consideração as características e necessidades do paciente, chamando-o pelo nome e assegurando que está ali para ajudar, e não para julgar;
  • Ouça o paciente com atenção, esclareça suas dúvidas e garanta que todos os dados estão seguros em seu sistema médico, ou seja, o sigilo médico será sempre respeitado;
  • Explique com todas as informações necessárias o quadro do paciente, tratamento, possíveis complicações e orientações a serem seguidas, repetindo quantas vezes forem necessárias;
  • Traga o paciente para a tomada de decisão, pergunte sua opinião, se ele entendeu o que foi passado e se tem alguma consideração que gostaria de fazer;
  • Indique outros profissionais de saúde ou especialidades médicas quando for válido, como o caso de pacientes que poderiam tirar proveito de uma consulta com um nutricionista, psicólogo ou psiquiatra, por exemplo;
  • Da parte do paciente, é necessário que ele esteja comprometido em seguir as orientações a prescrições passadas, além de lembrar que o médico também é uma pessoa, com qualidades e defeitos, e que está fazendo o melhor que pode na consulta.

Neste artigo você aprendeu o que é a relação médico-paciente e como melhorá-la. Para aprender mais sobre as tecnologias citadas, como agendamento online, prontuário eletrônico e sistema médico, acesse nosso site!

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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