Nanotecnologia na medicina: o que é e como funciona

Richard Riviere
7 de março de 2023
Seta apontando para baixo.

A nanotecnologia na medicina tem um alto potencial para solucionar problemas e revolucionar diversas áreas da saúde. Altas expectativas são geradas, pois seus materiais nanométricos são capazes de chegar onde nenhuma tecnologia chegou antes.

Segundo um estudo sobre a nanotecnologia e sua influência na evolução da medicina:

“A nanotecnologia proporciona benefícios para a evolução da medicina, um deles é que, com  o auxílio da tecnologia associada a estudos biológicos, o tratamento para diversos problemas de saúde, incluindo a melhoria da precisão cirúrgica, consegue saltar e ao invés de utilizar apenas de métodos convencionais baseados em química e biologia, utilizam a inteligência artificial, proporcionando resultados mais eficientes e rápidos.”

Neste artigo você vai aprender o que é a nanotecnologia na medicina e como ela funciona na prática. Acompanhe o conteúdo e saiba como aproveitar essa inovação tecnológica ao seu favor!

O que é a nanotecnologia na medicina?

A palavra nanotecnologia vem do prefixo “nano”, que proporciona a ideia de algo pequeno, tamanho reduzido ou unidade de medida, como materiais com tamanho inferior a 100 nanômetros (tamanho igual ou inferior a um bilionésimo do metro).

Ou seja, a nanotecnologia é a união da tecnologia com materiais de escalas nanométricas

Podemos entender tecnologia como o conjunto de conhecimentos e técnicas utilizado para aprimorar uma área da ciência. No caso da medicina, o termo tecnologia pode se referir a novos medicamentos, vacinas, procedimentos, sistemas e dispositivos.

Os termos nanotecnologia e nanociência se popularizaram em 1959 com Richard P. Feynman, físico teórico norte-americano, um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica e reconhecido por sua atuação na formulação integral da mecânica quântica.

Nessa época, a possibilidade de manipular átomos para construir novos materiais e novas áreas da ciência que consideram a escala nanométrica era algo revolucionário. 

Hoje, apesar de não ser extremamente popularizado, já não é algo apenas de filmes de ficção científica.

É essencial lembrar que a nanotecnologia na medicina é uma área da ciência que trabalha a tecnologia em escala nanométrica com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

A aplicação da nanotecnologia na medicina também é conhecida como nanomedicina, campo no qual é desenvolvido materiais, ferramentas e componentes que ajudam em diagnósticos, desenvolvimento de medicamentos, cirurgias e terapias. 

Isso significa que a nanomedicina beneficia médicos, pacientes, profissionais de saúde e todos os envolvidos no sistema médico, ou seja, a sociedade como um todo. 

Como a nanotecnologia na medicina funciona?

Para entender como a nanotecnologia funciona na medicina, é preciso entender, antes, conceitos importantes dessa área da ciência.

No campo de desenvolvimento de produtos e materiais, por exemplo, a nanotecnologia possui cinco níveis distintos:

  1. Tecnologia de Invenção (TI): concentra a parte inicial de pesquisas e testes que dão início ao desenvolvimento de uma nova tecnologia;
  2. Protótipo de Laboratório (PL): as pesquisas iniciais começam a ser comparadas com seus resultados;
  3. Demonstrador industrial (DI): os resultados são definidos após serem analisados. Nesse nível, a tecnologia pode ser utilizada em empresas e instituições interessadas;
  4. Industrialização (I): a fabricação de materiais compostos com nanotecnologia é iniciada;
  5. Entrada no Mercado (ME): final do desenvolvimento no qual é possível comercializar o material com seu consumidor.

A nanotecnologia também pode ser classificada em quatro diferentes tipos. Veja quais são eles a seguir:

  • Nanotecnologia descendente ou top-down: se baseia no conceito de trabalhar com estruturas e materiais em escala nanométrica do começo ao fim;
  • Nanotecnologia ascendente ou bottom-up: a tecnologia trabalha com uma estrutura ou material nanométrico, porém, após ser montado, o material se torna maior do que o início de seu desenvolvimento;
  • Nanotecnologia seca: responsável por delinear estruturas em qualquer material que não funcione com umidade, como silício, metais e carbono;
  • Nanotecnologia úmida: como o próprio nome diz, é capaz de estar presente em locais molhados e/ou úmidos, o oposto da nanotecnologia seca, como componentes celulares, material genético e membranas.

Como você pode ter imaginado, a nanotecnologia atrai olhares do mundo inteiro, pois sua utilização e desenvolvimento tecnológico impactam no dia a dia de diversos mercados valiosos para a economia global, como a própria medicina. 

De acordo com o estudo citado no início do artigo:

“O mercado de nanotecnologia em sentido geral, incluindo materiais, dispositivos e insumos, foi avaliado em U$7,24 bilhões no ano de 2017, e ainda pontua que em 2025, poderá ser avaliado em U$ 24,56 bilhões.”

Exemplos da nanotecnologia na medicina

Agora que você conhece conceitos importantes da nanotecnologia e como eles funcionam, aprofunde seu conhecimento com exemplos práticos da nanomedicina.

  • Tratamento de câncer: os nanorobôs, robôs em tamanho nanomolecular, auxiliam no tratamento de câncer no qual os pacientes sofrem menos efeitos colaterais. Normalmente, os tratamentos de radioterapia e quimioterapia impactam células cancerígenas e saudáveis. Os nanorobôs garantem que apenas as células cancerígenas são impactadas, além de alcançarem estruturas mais profundas de forma não invasiva para o paciente;
  • Desenvolvimento de medicamentos: citando novamente os nanorobôs, eles também são úteis na área farmacêutica, no qual atuam no desenvolvimento de medicamentos e transporte de nanomateriais dentro do corpo humano. Com um nanorobô, é possível transportar o medicamento no ponto exato que o paciente precisa, o que reduz efeitos colaterais e melhora os resultados do tratamento; 
  • Diagnósticos: os nanomateriais também podem ser utilizados para coletar informações de dentro do corpo do paciente, por meio de injeções na corrente sanguínea ou pílulas. É possível identificar doenças, realizar análises mais precisas, acompanhar doenças preexistentes e monitorar a eficácia de um tratamento;
  • Desenvolvimento de equipamentos médicos: a nanoprata é um exemplo comum de materiais utilizados na produção de equipamentos médicos. Você pode encontrá-la em bisturis, seringas, entre outros materiais. Um de seus benefícios é impedir a proliferação de microrganismos, o que aumenta a segurança do paciente. Por meio dos equipamentos feitos com nanotecnologia, as cirurgias também se tornam mais precisas e menos invasivas, o que acelera a recuperação do paciente. 

Neste artigo você aprendeu o que é a nanotecnologia, como ela funciona e exemplos práticos dentro da medicina. Espero que tenha sido útil! Acompanhe mais conteúdos como este em nosso blog.

Para ver mais sobre tecnologia na medicina, acesse nosso site

Você também pode continuar seus estudos neste artigo sobre softwares médicos armazenados na nuvem.

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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