Associações médicas especializadas em diabete, obesidade e endocrinologia contestam a decisão do Ministério da Saúde. Saiba mais!
No dia 20 de agosto de 2025, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias) decidiu não incluir a semaglutida (substância presente no Ozempic e Wegovy) e a liraglutida (substância ativa do Saxenda) no SUS.
Essa decisão gerou críticas de sociedades médicas, como Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) e SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).
Isso porque essas sociedades afirmaram que a decisão reforça o elitismo do acesso ao tratamento medicamentoso da obesidade no país. Além disso, o veto “fere os beneméritos princípios de equidade, universalidade e integralidade do sistema público”.
Por que a Conitec vetou o Ozempic no SUS?
A Conitec calculou, em maio, que a inclusão de ambos os medicamentos no SUS representariam gastos de R$ 3,4 bilhões a R$ 7 bilhões em 5 anos. Assim, o impacto financeiro seria bem alto.
No entanto, as sociedades contestaram o argumento do custo, alegando a negativa de sequer avaliar a incorporação da sibutramina, outro fármaco utilizado no tratamento da obesidade.
Segundo as associações, a sibutramina teria um custo mensal de menos de R$ 30, e as sociedades solicitaram a incorporação dela no SUS em dezembro de 2024.
A nota que as sociedades emitiram ainda afirma que a falta de acesso a esses medicamentos no SUS prejudica os grupos mais vulneráveis.
Dentre eles, mulheres negras periféricas de baixa renda, por exemplo, são as mais afetadas pela obesidade nos últimos anos, segundo a Abeso, SBD e SBEM.
A Conitec indicou ainda que os pacientes que usam esses medicamentos precisam de acompanhamento especializado. Em junho de 2025, o órgão realizou uma consulta pública para ouvir a sociedade civil e os profissionais de saúde sobre o tema.
A decisão impacta as mais de 9 milhões de pessoas obesas no Brasil, segundo a SBCBM, e o tema continuará sendo relevante nos próximos anos.
Saiba mais em: Poder360.





