Veneno de abelha no combate ao câncer de mama: nova esperança

Richard Riviere
19 de outubro de 2025
Seta apontando para baixo.
veneno de abelha no combate ao câncer de mama

Pesquisas indicam que a melitina, componente do veneno de abelha, pode destruir células de câncer de mama agressivo. Saiba como a substância age e por que ainda não é usada em humanos.

Pesquisas recentes apontam que o veneno de abelha pode se tornar um aliado no combate ao câncer de mama

O interesse científico se concentra na melitina, principal componente do veneno da Apis mellifera, que tem mostrado resultados promissores contra tipos agressivos da doença, especialmente o câncer de mama triplo-negativo e o HER2 positivo.

Como age a melitina

Segundo pesquisadores do Harry Perkins Institute of Medical Research, na Austrália, a melitina foi capaz de destruir até 100% das células tumorais em 60 minutos, com danos mínimos às células saudáveis.

Nesse sentido, o composto atua bloqueando receptores responsáveis pelo crescimento tumoral, como EGFR e HER2, interrompendo a multiplicação das células do câncer. 

Versões sintéticas da substância reproduziram quase os mesmos efeitos, o que reforça o potencial terapêutico do composto.

Avanços recentes

Em 2025, pesquisadores do mesmo instituto anunciaram uma forma injetável de melitina. Segundo a Newsweek, o novo método eliminou células tumorais em até seis horas e manteve o efeito por uma semana em testes pré-clínicos. 

Além disso, a aplicação direta no tumor mostrou ação seletiva, atingindo as células cancerígenas e preservando as saudáveis.

Porém, apesar do otimismo, especialistas ressaltam que ainda são necessários anos de estudos antes que o tratamento possa ser testado em humanos.

O que dizem outras pesquisas

Uma revisão publicada na revista Toxins (2022) analisou 11 estudos e confirmou que o veneno de abelha e seus componentes reduzem a viabilidade de células de câncer de mama por meio da apoptose (morte celular programada) e da regulação gênica.

Outros trabalhos, divulgados pelo PubMed, também apontam que a melitina pode inibir a metástase, ativando genes supressores e reduzindo os promotores da disseminação tumoral.

Potenciais benefícios e riscos

Entre os possíveis benefícios observados em laboratório estão:

  • Destruição rápida das células do câncer;
  • Menor dano às células saudáveis;
  • Potencial para aumentar a eficácia da quimioterapia;
  • Redução do risco de metástase.

No entanto, todos os resultados ainda são pré-clínicos

Nesse sentido, a UCLA Health alerta que a melitina pode ter efeitos tóxicos graves e que a chamada apitoterapia, uso do veneno de abelha como tratamento alternativo, não tem comprovação científica e pode causar reações severas, como choque anafilático.

Quais são as perspectivas futuras?

A melitina segue sendo estudada como uma possível ferramenta no combate ao câncer de mama. O desafio agora é desenvolver formas seguras e eficazes de aplicação.

Mas até que os estudos avancem, especialistas reforçam que o veneno de abelha não deve substituir tratamentos convencionais.

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Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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