Primeiro transplante de pulmão de porco em humano dura 9 dias

Richard Riviere
7 de setembro de 2025
Seta apontando para baixo.
pulmão de porco em humano

O primeiro transplante de pulmão de porco em humano já aconteceu e durou 9 dias. Procedimento aconteceu em paciente com morte encefálica. 

Um pulmão de porco permaneceu funcionando em organismo humano por 9 dias após modificação genética. O xenotransplante aconteceu em um homem com morte encefálica declarada. 

A revista Nature Medicine divulgou o procedimento e, segundo os pesquisadores, esta é a primeira ocorrência documentada do transplante de pulmão entre espécies. A notícia abre caminho para novas aplicações clínicas.

O xenotransplante é o procedimento que envolve a troca de órgãos entre espécies. Porém, a técnica requer uma modificação genética anterior. Ela é uma alternativa cada vez mais estudada para a falta de órgãos humanos para cirurgias.

Alguns estudos anteriores demonstraram a viabilidade do transplante de rins, coração e fígado de porco para humanos. Mas esta é a primeira vez que o procedimento acontece com pulmão. 

Pulmão de porco em humano durou 9 dias

A equipe realizou seis edições genéticas do órgão antes de transplantá-lo para o paciente de 39 anos com morte encefálica. As edições são necessárias porque existem inúmeros riscos relacionados à rejeição do órgão e à infecção. 

O pulmão demonstrou boa viabilidade e funcionou bem ao longo dos 9 dias de monitoramento. 

Vinte e quatro horas após o transplante houve um edema grave, possivelmente devido ao dano causado ao tecido com a restauração do oxigênio e fluxo sanguíneo após um período de privação.

Ainda assim, segundo os pesquisadores, é preciso realizar melhorias tanto genéticas no porco doador como nos medicamentos para evitar a rejeição do órgão. Além disso, manter o órgão funcionando no longo prazo é o maior desafio. 

Apesar do xenotransplante ser uma alternativa que traz esperança a muitos pacientes que esperam por órgãos, desafios como o crescimento indevido, transmissão de doenças e rejeição ainda existem. 

Com a edição genética Crispr, é possível editar o código genético de forma mais precisa e mais barata. Por meio dela, foi possível inativar o retrovírus suíno, por exemplo. 

Os avanços tecnológicos somados às recentes pesquisas abrem possibilidades para a área do xenotransplante, que deve ganhar mais destaque nos próximos anos. 

Saiba mais em: G1 Saúde.

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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