No novo jeito de tratar malária, mosquitos devem ser curados para que a infecção não se espalhe. Saiba mais sobre este caso aqui!
O parasita da malária mata aproximadamente 600.000 pessoas por ano, a maioria crianças. É um mosquito fêmea que espalha a doença quando pica alguém.
Nesse sentido, a prevenção atual sempre visou a eliminação de mosquitos com inseticida, e não curá-los da doença.
Agora, no entanto, um grupo de cientistas de Harvard descobriu um conjunto de medicamentos que pode deixar os insetos livres da malária quando absorvidos por suas patas. O objetivo agora é revestir os mosquiteiros com esses medicamentos.
O problema da resistência dos mosquitos
Os mosquiteiros e as vacinas são as maneiras mais eficazes de prevenir a malária atualmente. Mas como os mosquiteiros são revestidos com inseticidas, muitos mosquitos desenvolveram resistência a eles.
Assim, os mosquiteiros não são mais tão efetivos quanto costumavam ser. Segundo a Dra. Alexandra Probst, de Harvard:
“Nós nunca tentamos matar diretamente o parasita dentro do mosquito antes, porque estávamos apenas tentando eliminar o mosquito. Mas essa abordagem não é mais suficiente.”
Os pesquisadores analisaram o DNA da malária para encontrar possíveis pontos fracos da doença nos mosquitos. Então, descobriram duas drogas que mataram 100% dos parasitas, segundo um artigo da Nature.
Os testes foram feitos em materiais semelhantes aos mosquiteiros.
Uma alternativa barata
O efeito dos medicamentos nos mosquiteiros deve durar ao menos 1 ano, tornando a nova abordagem uma alternativa barata e eficaz a longo prazo, em comparação aos inseticidas.
Mas a ideia é tratar os mosquiteiros tanto com as drogas anti-malária quanto com os inseticidas. Assim, se uma abordagem não funcionar, existe a outra.
O novo jeito de tratar malária se mostrou eficaz em laboratório e a próxima etapa da pesquisa deseja testá-la na Etiópia para conferir se os mosquiteiros são eficazes no mundo real. A pesquisa é uma esperança para milhares de pessoas afetadas pela malária todos os anos.
Saiba mais em: BBC News.