Estudo aponta lítio como possível chave do Alzheimer

Richard Riviere
17 de agosto de 2025
Seta apontando para baixo.
lítio impacta doença de alzheimer

Estudo revela que lítio, que trata transtornos bipolares, é presente no corpo e essencial para o funcionamento do cérebro. Saiba mais!

Um estudo da escola de medicina de Harvard que levou quase uma década pode esclarecer muitas questões da doença de Alzheimer e do envelhecimento cerebral. As descobertas giram em torno do metal lítio. 

Na medicina, ele é mais conhecido como estabilizador de humor administrado a pessoas com transtorno bipolar e depressão. 

A aprovação desses tratamentos aconteceu em 1970 pela Food and Drug Administration (FDA), mas seu uso para tratar distúrbios de humor é bem mais antigo, relatado quase um século antes. 

O que os pesquisadores descobriram sobre o lítio para Alzheimer?

Na pesquisa, demonstrou-se que o lítio está naturalmente presente no corpo em pequenas quantidades e as células necessitam dele para seu bom funcionamento. Além disso, ao que o estudo indica, ele ainda desempenha um importante papel na saúde cerebral. 

Os experimentos relatados na Revista Nature mostraram que a depleção de lítio na dieta dos camundongos causou inflamação cerebral e alterações associadas ao envelhecimento acelerado.

Do mesmo modo, os camundongos criados para desenvolver as mesmas alterações cerebrais de quem tem Alzheimer, ao serem expostos a uma dieta com baixo lítio, mostraram acúmulo acelerado de placas e emaranhados no cérebro.

Esse acúmulo está associado à doença e a dieta com baixo lítio ainda acelerou a perda de memória. 

Contudo, manter níveis normais de lítio nos camundongos durante o envelhecimento protegeu o cérebro das alterações cerebrais causadas pelo Alzheimer. 

Qual é o papel do lítio no Alzheimer? 

O estudo liderado por Bruce Yankner, da Harvard Medical School, aponta o lítio como possível mecanismo-chave na degeneração cerebral que precede a demência.

Isso porque as evidências indicam que o envelhecimento pode prejudicar a regulação natural do lítio no cérebro.

O mecanismo identificado foi que placas beta-amiloides se ligam ao lítio, reduzindo sua disponibilidade para células cerebrais importantes, como a micróglia.

Assim, a deficiência cria um ciclo vicioso. Mais placas significam menos lítio e menor capacidade de limpeza. A consequência é a produção de mais placas. Por isso, o lítio, já usado na psiquiatria, pode ter um papel fisiológico ainda pouco explorado. 

A pesquisa continua em fase pré-clínica e não é seguro suplementar o lítio por conta própria. Afinal, ainda são necessários estudos em humanos para definir doses seguras e eficácia. 

Dessa forma, se as pesquisas futuras confirmarem todas as descobertas, elas abriram caminho para novos diagnósticos e tratamento para o Alzheimer, condição que afeta 1,2 milhão de pessoas no Brasil

Saiba mais em: CNN Brasil.

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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