O Exame TG desempenha um papel fundamental durante o acompanhamento do câncer de tireoide, sendo amplamente utilizado. Saiba mais!
A compreensão detalhada dos exames laboratoriais é fundamental para uma conduta clínica precisa e segura na rotina médica.
Nesse sentido, entre os diversos exames utilizados na prática diária, o Exame de Tiroglobulina (TG) ajuda no acompanhamento de pacientes com câncer de tireoide, sendo um marcador tumoral amplamente utilizado.
Sua correta interpretação influencia nas decisões terapêuticas, no seguimento de casos e na avaliação de recidivas, impactando de forma significativa no prognóstico do paciente.
Sabendo da relevância desse exame na prática médica, neste artigo você encontrará uma análise sobre o Exame TG, sua importância clínica, indicações, limitações e principais pontos de atenção na interpretação dos resultados.
Vamos começar!
O que é o Exame TG?
O Exame de TG, ou dosagem de tiroglobulina sérica, é um exame laboratorial que quantifica os níveis da proteína tiroglobulina no sangue.
A tiroglobulina é uma glicoproteína produzida exclusivamente pelas células foliculares da glândula tireoide, tanto as normais quanto as neoplásicas, e atua como substrato na síntese dos hormônios tireoidianos T3 e T4.
Na prática clínica, a dosagem da TG não é utilizada como ferramenta diagnóstica inicial de disfunções tireoidianas, mas tem valor como marcador tumoral, especialmente no seguimento de pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide (papilífero e folicular).
Isso porque, após a tireoidectomia total e a ablação com iodo radioativo, espera-se que a concentração sérica de TG seja indetectável ou muito baixa.
Qualquer elevação posterior pode sugerir persistência ou recidiva tumoral.
Trata-se, portanto, de um exame altamente específico para tecidos tireoidianos, cuja presença no sangue em contextos específicos oferece dados sobre a evolução da doença e a resposta ao tratamento.
Como funciona o Exame TG?
O Exame de TG é realizado por meio da coleta de uma amostra de sangue venoso, geralmente em jejum, e a análise é feita utilizando métodos laboratoriais imunométricos, como o imunoensaio quimioluminescente (CLIA) ou o imunoensaio enzimático (ELISA).
Nesse sentido, os exames permitem a detecção quantitativa da tiroglobulina no soro. Segundo um artigo da Revista Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia:
“Tg é um importante marcador laboratorial após a tireoidectomia. O TgAb deve sempre ser dosado junto com a Tg em pacientes com câncer de tireoide e sua interferência deve ser considerada.”
Para que os resultados sejam interpretados corretamente, é fundamental considerar dois fatores principais: a presença de anticorpos antitireoglobulina (anti-TG) e o uso prévio de estímulo com hormônio estimulador da tireoide (TSH).
A presença de anticorpos anti-TG pode interferir diretamente nos métodos de dosagem, levando a falsos negativos ou subestimação dos níveis séricos de tiroglobulina. Por isso, a dosagem simultânea de anti-TG é essencial para a correta interpretação dos resultados.
Além disso, o exame pode ser realizado em duas situações distintas:
- Sem estímulo (em TSH suprimido): geralmente em pacientes em uso de levotiroxina para manter TSH suprimido, útil para o seguimento de rotina.
- Com estímulo (TSH elevado): a realização acontece após a suspensão da levotiroxina ou com o uso de TSH recombinante humano (rhTSH), aumentando a sensibilidade do exame na detecção de recidivas tumorais.
Esse processo torna o Exame TG uma ferramenta sensível e valiosa, especialmente quando realizada dentro de protocolos bem definidos e com atenção às possíveis interferências laboratoriais.
Qual a importância do Exame TG?
O Exame de Tiroglobulina (TG) é de importância estratégica no contexto da endocrinologia oncológica. Ele é considerado o principal marcador tumoral para o monitoramento de pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide.
Sua principal função não é o diagnóstico inicial do câncer de tireoide, mas sim o acompanhamento pós-operatório, avaliação de resposta ao tratamento e detecção precoce de recidiva tumoral ou persistência da doença.
Isso se deve ao fato de que, após a remoção completa da glândula tireoide e eventual ablação com iodo radioativo, os níveis de tiroglobulina devem ser indetectáveis ou extremamente baixos.
A elevação progressiva ou repentina desse marcador pode ser um dos primeiros sinais bioquímicos de atividade tumoral residual.
Além disso, a TG permite um monitoramento não invasivo e contínuo, sendo preferida, sempre que possível, antes de investigações de imagem mais complexas e onerosas. Sua utilização adequada contribui para:
- Reduzir a necessidade de exames invasivos ou de imagem com menor sensibilidade;
- Guiar decisões clínicas quanto à necessidade de tratamentos adicionais, como nova dose de iodo radioativo;
- Auxiliar na estratificação do risco de recidiva;
- Contribuir para a individualização do seguimento, otimizando recursos e reduzindo a ansiedade do paciente.
Portanto, o exame é uma ferramenta de alta relevância prognóstica e terapêutica. Ele auxilia o médico a tomar decisões baseadas em evidências, garantindo um cuidado mais preciso e seguro ao paciente com câncer de tireoide.
Conte com a tecnologia para gerenciar exames e laudos
Na rotina clínica, a gestão eficiente dos exames laboratoriais e laudos médicos é essencial para garantir um atendimento ágil, seguro e de qualidade.
Em especial no acompanhamento de condições como o câncer de tireoide, em que a interpretação correta e o histórico evolutivo de marcadores como a tiroglobulina são cruciais, contar com ferramentas que otimizem esse processo faz toda a diferença.
Um sistema para clínicas bem estruturado permite:
- Armazenar e acessar facilmente os resultados de exames anteriores, facilitando comparações e análises evolutivas;
- Integrar dados laboratoriais ao prontuário do paciente, promovendo uma visão clínica mais completa;
- Reduzir erros e retrabalhos com a automatização da entrada e organização dos laudos;
- Agilizar o fluxo de trabalho, melhorando a comunicação entre equipe médica, laboratórios e pacientes;
- Assegurar maior segurança e confidencialidade dos dados sensíveis.
Nesse sentido, o Versatilis System é a solução para clínicas e consultórios que buscam eficiência, praticidade e confiabilidade na gestão de exames e laudos.
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