O PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) começa com a gestão dos riscos envolvidos em todas as atividades de saúde. Saiba tudo aqui!
Em clínicas e consultórios médicos, riscos ocupacionais e estruturais, por menores que pareçam, podem comprometer não somente o bem-estar da equipe, mas a segurança dos pacientes e a conformidade com exigências legais.
É nesse contexto que surge o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) uma exigência da legislação trabalhista brasileira, fundamental para médicos que atuam como gestores ou administram suas próprias clínicas e consultórios.
Assim, entender o que é o PGR, como ele funciona e quais são suas exigências práticas é essencial para garantir a segurança da sua equipe, evitar penalidades legais e, principalmente, construir um ambiente de cuidado mais eficiente e responsável.
Neste artigo, vamos esclarecer, de forma prática e detalhada, tudo o que você precisa saber sobre o PGR e como aplicá-lo à sua realidade médica.
Vamos começar!
O que é PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos)?
O PGR, ou Programa de Gerenciamento de Riscos, é um documento técnico e estratégico cujo objetivo é identificar, avaliar e controlar os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho.
Ele é uma exigência da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), revisada em 2020 pelo Ministério do Trabalho. Sua obrigatoriedade para grande parte dos estabelecimentos passou a valer a partir de janeiro de 2022.
Desse modo, se você atua como gestor, seja em clínicas, consultórios ou outras estruturas de saúde, compreender e implementar o PGR é fundamental.
Ele serve tanto para proteger a saúde dos profissionais envolvidos quanto para manter a conformidade com a legislação trabalhista vigente.
De forma prática, o PGR é parte do gerenciamento de segurança e saúde no trabalho. Seu principal foco está na prevenção: ele antecipa situações de risco e propõe medidas de controle antes que ocorram acidentes ou problemas de saúde ocupacional.
Nesse sentido, entre os riscos que o PGR pode contemplar em um ambiente de saúde, destacam-se:
- Riscos físicos: como ruídos intensos, radiações, temperaturas extremas.
- Riscos químicos: contato com medicamentos, resíduos, produtos de limpeza, anestésicos, entre outros.
- Riscos biológicos: exposição a vírus, bactérias, fungos — comuns em ambientes clínicos.
- Riscos ergonômicos: posturas inadequadas durante longos atendimentos, jornadas prolongadas, repetitividade de movimentos.
- Riscos de acidentes: quedas, choques elétricos, queimaduras, entre outros.
O PGR, portanto, vai além do simples cumprimento legal: ele representa uma ferramenta de gestão que contribui para a segurança da equipe, a qualidade do atendimento e a reputação da instituição.
Como funciona o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos)?
O funcionamento do PGR baseia-se em duas etapas principais: o Inventário de Riscos e o Plano de Ação.
Esses dois documentos interligados formam a base do programa e é preciso elaborá-los considerando a realidade e as atividades específicas de cada ambiente de trabalho.
Inventário de Riscos
Em primeiro lugar, o inventário de riscos é o ponto de partida do PGR. Nele, identificam-se todos os perigos e riscos ocupacionais presentes na rotina da instituição de saúde. Esse inventário deve conter:
- A caracterização do ambiente de trabalho (estrutura física, equipamentos, layout);
- A descrição detalhada das atividades realizadas por cada colaborador;
- A identificação dos perigos (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes);
- A avaliação dos riscos, considerando sua probabilidade e gravidade;
- Medidas de controle já existentes.
Esse mapeamento é essencial para que o médico gestor compreenda onde estão os pontos vulneráveis da operação e possa tomar decisões mais assertivas.
Plano de Ação
Com base no inventário, o Plano de Ação define medidas preventivas e corretivas para eliminar ou reduzir os riscos identificados. Essas ações devem ser viáveis, mensuráveis e ter responsáveis e prazos definidos.
Alguns exemplos de medidas que podem constar no plano:
- Treinamentos periódicos de biossegurança para a equipe;
- Adaptação ergonômica das estações de trabalho;
- Manutenção preventiva de equipamentos elétricos e médicos;
- Protocolos para descarte seguro de resíduos infectantes.
Além disso, o PGR deve ser dinâmico: ele não é um documento fixo.
Ou seja, sempre que houver alterações significativas no ambiente (como mudança de layout, aquisição de novos equipamentos ou novos procedimentos), é preciso revisar e atualizar o programa.
Quem deve elaborar o PGR?
A elaboração do PGR deve ser feita por um profissional qualificado em segurança do trabalho. Geralmente, esse profissional é um engenheiro ou técnico de segurança.
No entanto, é fundamental que o médico responsável técnico ou gestor esteja envolvido no processo, pois o conhecimento da rotina clínica é essencial para garantir a eficácia das medidas propostas.
Em suma, o PGR funciona como um ciclo contínuo de prevenção, monitoramento e melhoria, promovendo um ambiente mais seguro para todos e evitando complicações legais, sanitárias e trabalhistas.
Benefícios do PGR
Implementar o PGR é uma prática estratégica que traz diversos ganhos para a gestão e o ambiente de trabalho. Veja os principais benefícios:
- Mais segurança para a equipe e os pacientes: ao antecipar e controlar riscos, o PGR reduz a chance de acidentes e exposições a agentes nocivos.
- Conformidade com a legislação trabalhista: evita multas e sanções aplicadas por órgãos fiscalizadores, como o Ministério do Trabalho.
- Melhoria do ambiente organizacional: um local seguro e bem gerenciado contribui para o bem-estar dos colaboradores, reduz o absenteísmo e melhora a produtividade.
- Redução de custos com afastamentos e passivos trabalhistas: ao prevenir acidentes e doenças ocupacionais, o PGR diminui os gastos com indenizações, tratamentos médicos e substituições de pessoal.
- Valorização da imagem da clínica: profissionais e pacientes percebem quando há um cuidado estruturado com segurança. Esse cuidado reforça a credibilidade e o profissionalismo da instituição.
Por isso, o PGR é um investimento que protege vidas, fortalece a gestão e contribui para a sustentabilidade da sua prática médica a longo prazo.
Como a tecnologia ajuda no gerenciamento de riscos
Gerenciar riscos de forma eficaz exige organização, controle de informações e padronização de processos. E todas essas tarefas podem se tornar desafiadoras quando feitas manualmente ou de maneira fragmentada.
É nesse ponto que a tecnologia se torna uma grande aliada da gestão em saúde.
Nesse sentido, um sistema para clínicas e consultórios automatiza rotinas, centralizar dados e garante maior segurança tanto para a equipe quanto para os pacientes. Com o apoio da tecnologia, é possível:
- Padronizar protocolos de atendimento e segurança;
- Controlar o estoque;
- Organizar documentos e gestão;
- Integrar dados do prontuário com informações de biossegurança e condutas clínicas.
Além disso, a tecnologia facilita o acesso a relatórios gerenciais, que te ajudam a tomar decisões baseadas em dados, prevenindo riscos de forma mais precisa e eficiente.
Versatilis System: gestão inteligente e segurança para sua clínica
O Versatilis System é uma solução completa para clínicas e consultórios que desejam aliar eficiência operacional à segurança do ambiente de trabalho. Entre seus diversos recursos, o sistema oferece:
- Prontuário eletrônico com controle de acesso e segurança de dados;
- Gestão documental para facilitar a organização da clínica;
- Relatórios customizáveis que apoiam o planejamento estratégico e a conformidade com normas legais.
Assim, ao adotar o Versatilis System, sua clínica ganha mais controle, organização e tranquilidade para cumprir com as exigências legais e oferecer um ambiente mais seguro para todos.
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