Um garoto indiano de apenas 14 anos criou um app para detectar problemas no coração em 7 segundos. Ele está em busca da aprovação regulatória.
Siddharth Nandyala, de 14 anos, é o indiano responsável pela criação do app para detectar problemas no coração em 7 segundos, o CircadiaV.
A tecnologia faz uma pré-triagem de doenças cardíacas com a ajuda da Inteligência Artificial, e tem uma taxa de precisão de mais de 96%. Os testes já envolveram mais de 15 mil pacientes nos Estados Unidos e 3,5 mil na Índia.
O app funciona por meio de gravações de sons cardíacos capturados em smartphones. Desse modo, ele consegue tornar a detecção precoce de doenças cardiovasculares mais acessível e eficiente.
A criação do app para detectar problemas no coração
O menino Nandyala sempre mostrou interesse por tecnologia, codificação e engenharia. Calouro da Universidade do Texas, ele cursa bacharelado em ciência da computação em breve.
Assim, para criar o aplicativo, o jovem se dedicou durante 8 meses e visitou diversos hospitais e instituições, onde conversou com funcionários e pacientes para coletar dados para o app, chamado CircadiaV.
Depois, ele treinou um modelo de IA com as informações até ficar satisfeito.
Para utilizar a tecnologia, o paciente deve colocar o smartphone próximo ao coração e registrar os batimentos cardíacos. Além disso, o app ainda conta com um cancelamento de ruído, o que permite o funcionamento até em ambientes mais barulhentos.
Em seguida, os sons passam por algoritmos de amplificação e chegam a um modelo de aprendizado de máquina. Ao final, uma interface exibe os resultados com explicações sobre o que é normal e o que precisa de atenção médica.
Segundo Nandyala:
“O foco e objetivo principal para mim com isso foi essencialmente criar uma ferramenta capaz de ajudar um grande número de pessoas apenas por meio de procedimentos de triagem não invasivos.”
Um app com grande potencial
Com o CircadiaV, é possível detectar arritmias, batimentos irregulares, sinais precoces de insuficiência cardíaca e até anormalidades nas válvulas cardíacas.
Mas o jovem também quer aplicá-la para escutar sons dos pulmões, detectar sinais de embolia pulmonar, retenção de líquidos e pneumonia.
Mesmo com o grande potencial, o criador esclarece que o aplicativo detecta apenas anormalidades, e não tipos específicos de doenças cardiovasculares.
Ainda assim, a tecnologia pode ampliar o cuidado médico, tornando a detecção de doenças acessível especialmente em locais com pouca infraestrutura médica.
Saiba mais em: Revista Galileu.
